08 02
2024
Estefânia Rodrigues – uma profissopnal na área de recrutamento Tech com mais de 10 anos de experiência. Passou pela área da banca, e-commerce e consultoria. A Estefânia é apaixonada por tecnologia, sobretudo por metodologias ágeis. A Estefânia tem uma certificação de Python. Está frequentemente envolvida em projevtos relacionados com a área da empregabilidade e formação, ajudando profissionais que se encontram em situação de mudança de carreira ou que procuram novo emprego.
Devido à transformação digital, à evolução da robotização e à automação de processos, as competências necessárias aos especialistas de TI continuam, obrigatoriamente, a evoluir também. Tanto que, os especialistas deste setor, que moldam a nossa realidade diária, parecem perfeitamente adaptados às condições do mercado de trabalho. A verdade, no entanto, é que se estes especialistas desejam permanecer competitivos, devem continuar a investir no desenvolvimento de competências adicionais. Apenas desta forma serão capazes de se adaptar a requisitos em constante mudança.
O foco da indústria de TI está fundamentalmente nas competências técnicas. Boas habilidades de programação, conhecimento de múltiplas metodologias de trabalho e uma perspectiva holística do processo de desenvolvimento de software são um conjunto de competências que representam um excelente ponto de partida nesta carreira. No entanto, as habilidades de programação, presentemente, são já bastante comuns e, mais importante ainda, muitas tarefas anteriormente realizadas por pessoas estão a tornar-se automatizadas. O modelo de trabalho está a mudar e outras competências vão ganhando preponderância.
Actualmente, as equipas de TI são responsáveis não só por criar produtos específicos, mas também por fornecer suporte técnico posterior. Participam activamente no design de novas soluções user-friendly e, consequentemente, trabalham em conjunto com representantes de diferentes departamentos, o que significa que é imperativo serem capazes de comunicar de forma eficaz com todas as partes interessadas. As suas competências técnicas e profissionais ainda poderão ser as mais relevantes, mas é necessário que sejam adequadamente complementadas por novas competências. Num relatório publicado pelo Fórum Económico Mundial, as 15 competências que se prevê serem mais exigidas pelas empresas em 2025, incluem, além das aptidões técnicas, pensamento crítico e analítico, flexibilidade cognitiva, criatividade e inteligência emocional. Outras competências adicionais que estão a ganhar cada vez mais relevância incluem ainda a capacidade de liderança, o poder de negociação ou até o carisma.
Embora o relatório se apresente como um esboço geral das condições do mercado de trabalho, estas expectativas também se aplicam à indústria de TI. A valorização das competências interpessoais e o investimento no seu desenvolvimento, estão em franca ascensão, mesmo sendo mais desafiante conseguir definir e avaliar estas competências em comparação com as habilidades digitais ou técnicas mais comuns. Estas soft skills estão intimamente ligadas a traços de personalidade e refletem-se no comportamento dos indivíduos num grupo, na capacidade de comunicação e na atitude relativamente ao trabalho em equipa, muitas vezes impulsionando a inovação. Mesmo os melhores especialistas em TI, com extenso conhecimento teórico, experiência e habilidades técnicas, não vão ser capazes de alcançar os melhores resultados possíveis se ficarem indiferentes à sua equipa e se não estiverem abertos a novas soluções – porque os maiores benefícios são alcançados quando os funcionários fazem o seu trabalho habitual ao mesmo tempo que exploram e desenvolvem novas áreas.
As competências particularmente úteis para os especialistas em TI deverão incluir:
Obviamente, o mais importante continua a ser o acompanhamento de todos os desenvolvimentos técnicos.
A indústria de TI é uma das áreas de mais rápido crescimento. Com estas competências de futuro, os funcionários podem adaptar-se às diferentes condições do mercado e às crescentes expectativas dos clientes. Tanto os funcionários como os empregadores devem, cada vez mais, dedicar alguma atenção a este tópico. Desta forma, os funcionários têm a possibilidade de melhorar o seu valor no mercado de trabalho, e o empregador terá a oportunidade de tornar o seu negócio mais competitivo e de aumentar os lucros.
O sucesso na indústria de TI depende cada vez mais das competências de futuro, que frequentemente não estão relacionadas com as competências técnicas. Neste sentido, os melhores especialistas devem procurar desenvolver a sua versatilidade e adquirir experiência enquanto tentam, paralelamente, aumentar o seu rol de competências. Assim, será mais simples encontrarem o seu lugar no mercado de trabalho, abrindo ainda espaço para uma maior e mais activa participação no seu próprio crescimento e desenvolvimento.
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