11 03
2024
A tecnologia tem vindo a evoluir a uma velocidade vertiginosa, com a indústria de TI na vanguarda deste progresso. Isto significa que os especialistas em TI enfrentam continuamente o desafio de melhorar as suas competências. Quais são as causas para isto, além do desenvolvimento tecnológico? Por que é vital ser adaptável e expandir continuamente o nosso conhecimento e melhorar as nossas habilidades? Como enfrentar estes desafios mantendo-se actualizado com as mudanças, ao mesmo tempo que permanece competitivo? Neste artigo, explico porque não se pode dar ao luxo de estagnar na área de TI.
Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, declarou 2023 como o “Ano Europeu das Competências”. Um dos objetivos estabelecidos pela CE a este respeito é “promover uma mentalidade propícia ao aprimoramento de competências para garantir que ninguém seja deixado para trás nas transições verde e digital”. Na prática, isto traduz-se em actividades como promover aumento do investimento no desenvolvimento de competências, formação e projectos focados em manter o comprometimento com a aprendizagem ao longo da vida. De acordo com o relatório “Futuro dos Empregos” preparado pelo Fórum Económico Mundial, até 50% de todos os trabalhadores vão precisar de uma reformulação das suas competências até 2025.
Neste sentido, a iniciativa da CE também facilita o cumprimento dos objetivos da Bússola Digital 2030, que inclui metas de pelo menos 80% dos adultos europeus equipados com competências digitais básicas e 20 milhões de especialistas em TIC empregados na UE. Em 2022, a Comissão Europeia estimou que a UE estava com falta de cerca de 600.000 developers, com a escassez de talentos em TI a notabilizar-se como uma tendência permanente.
Os últimos anos marcaram uma disrupção no sector de TI, causada por muitos fatores, incluindo:
Tudo isto aponta na direcção de uma mudança na cultura do trabalho em si, bem como no que diz respeito às competências indispensáveis em TIC. Segundo o FEM, só a IA contribuirá para a perda de quase 80 milhões de empregos até 2025, com 100 milhões de novos empregos criados para atender às necessidades actuais.
Pesquisas efectuadas pela Deloitte mostram que as empresas investem numa nova cultura corporativa para potenciar a flexibilidade em high-tech. Além disso, o relatório de Tendências Tecnológicas de 2023 mostra que as competências neste sector se tornam obsoletas a cada 2,5 anos em média. Sendo assim, o melhor caminho a seguir para organizações e funcionários é continuar a desenvolver e a selecionar as competências em demanda que irão ser úteis na era da automação progressiva. De que competências falamos?
Especialistas em TI e recrutadores concordam que, muitas das habilidades que os profissionais actualmente empregados no sector de TI já têm, permanecerão relevantes no futuro. No entanto, algumas competências serão mais procuradas que outras, dependendo das tecnologias que afetam os ecossistemas empresariais das empresas. Os mais importantes são os seguintes:
IA e ML são possivelmente as áreas mais populares em TI atualmente. A capacidade de criar, treinar e gerir modelos de IA pode ser bastante valiosa.
A capacidade de colectar e analisar grandes conjuntos de dados, e tirar conclusões a partir deles é fundamental em muitas áreas, desde a financeira até à académica.
Com as ameaças cibernéticas cada vez mais avançadas e cada vez mais comuns, as competências em cibersegurança são cada vez mais procuradas. Estas incluem tanto a prevenção de ataques quanto a resposta aos mesmos.
A IoT tem crescido rapidamente, o que significa que há uma procura crescente por especialistas na área de conexão de dispositivos e na análise dos dados fornecidos. Isto também se aplica à IoT industrial e aos engenheiros da área.
Embora a demanda por programadores e engenheiros de software não esteja a decrescer, a popularidade de linguagens de programação e tecnologias específicas pode mudar. As linguagens mais populares atualmente incluem Python, JavaScript, Java e C ++.
DevOps combina desenvolvimento de software com a sua implementação e gestão. A capacidade de automatizar processos de produção de software tem ganhado cada vez mais reconhecimento.
A tecnologia blockchain também pode ser aplicada fora das criptomoedas, especialmente em áreas como supply-chain, identity management e smart contracts.
Os serviços em nuvem, como AWS, Azure e Google Cloud, têm ganhado popularidade, tornando a capacidade de gerir recursos em nuvem altamente valiosa.
Previsões de analistas sobre tendências globais sugerem um crescimento de dois dígitos nos serviços em nuvem em 2024. Destacam também o aumento nos gastos com cibersegurança, impulsionados pelo crescimento da IA, que cria novas ameaças digitais por si só.
Assim, vale a pena investir no desenvolvimento nestas áreas, tendo também em mente que a computação quântica está posicionada para ser mais uma tendência significativa no futuro próximo.
No início de 2023, um relatório sobre a reformulação de competências foi apresentado na Bolsa de Valores de Varsóvia, o primeiro desse tipo na Polónia. Com o título “Wielki reset umiejętności” (O grande reset de competências), foi acompanhado por um e-book chamado “Upskilling Reskilling. Czas na przyspieszenie” (Upskilling Reskilling. Hora de acelerar); ambas as publicações foram preparadas pelo Instituto ICAN e pela Future Collars, uma escola de competências digitais. É um guia para o processo de reformulação e melhoramento de competências para empresas, e enfatiza a liberdade e a necessidade de adaptação ao longo da vida às mudanças no mercado de trabalho. Por que é isto tão importante?
Dados da União Europeia, mais concretamente, o Índice de Economia e Sociedade Digital, mostram que 40% dos adultos, incluindo 33% dos funcionários na Europa, ainda não têm competências digitais básicas. Além disso, as mulheres estão sub-representadas em profissões e cursos universitários relacionados com a tecnologia. As mulheres representam apenas 20% dos especialistas em TIC e compõem 33% dos graduados em STEM. Há muito espaço para melhoria tanto para as empresas como para as pessoas interessadas em desenvolver as suas habilidades em TI.
Ao ganhar constantemente novas competências, não ganhará apenas oportunidades para avançar na sua carreira. Isto é também um privilégio que garante a transferência de conhecimento entre gerações. Como Izabela Olszewska, Presidente do Conselho de Administração da WSE, destacou no lançamento do relatório “Wielki reset umiejętności“:
“A reformulação e o aprimoramento de competências permitem revelar as competências ocultas dos funcionários, o que aumenta a sua confiança e produtividade, independentemente da composição geracional da equipa. Ao encorajar todos, tanto os funcionários mais jovens como os mais velhos, a continuar o seu processo de aprendizagem, eliminamos lacunas de competências e construímos um ambiente mais propício à partilha de conhecimento e experiência, o que, por sua vez, beneficia toda a organização.”
A tecnologia tem vindo a desenvolver-se de uma forma bastante dinâmica, com o sector de TI na vanguarda do progresso. Os especialistas em TI terão obrigatoriamente de acompanhar este desenvolvimento.
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